Desde o início da manhã deste domingo (24), uma violenta rebelião toma conta da Penitenciária Estadual de Cascavel, a 498 km de Curitiba, no Paraná. De acordo com o Departamento de Execução Penal do Estado, dois presos foram decapitados. Mais cedo, três outros detentos foram jogados do telhado da instituição.
Entre os presos mortos pode estar um ex-policial civil preso na delegacia de Cascavel, suspeito de furtar peças de veículos apreendidos e vender. De acordo com o Depen, o ex-policial estava entre os reféns, mas ainda não foi confirmado se ele foi um dos decapitados.
Dois agentes penitenciários foram feitos reféns, e há registro de vários presos feridos, muitos deles agredidos com pedaços de paus. O Corpo de Bombeiros informou que três vítimas com ferimentos graves foram atendidas e encaminhadas para o Hospital Universitário.
Segundo a Secretaria de Justiça, 60% do presídio está tomado pelos rebelados, que atearam fogo em colchões e estenderam uma faixa da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no telhado do presídio.
A Polícia Militar cercou o presídio e está negociando com participação de representantes do governo do estado e da Vara de Execução Penal. Os presos reclamam de más condições do presídio, da alimentação que recebem e da higiene local; há também queixa contra uma suposta agressividade dos agentes. Mas a polícia não descartou a possibilidade de o motim ter sido motivado por uma briga entre facções rivais dentro da penitenciária.
São exigidas a presença de um desembargador do Tribunal de Justiça e da imprensa dentro do presídio; um juiz da Comarca de Cascavel se deslocou até a unidade penitenciária para uma tentativa de negociação. Até o momento, no entanto, não há previsão para o fim da rebelião.
De acordo com o Depen, o presídio foi depredado e houve queima de colchões, mas ainda não é possível avaliar a extensão dos estragos. Ainda segundo o Depen, o presídio tem capacidade para 1.182 presos e abriga 1.040.
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