29 de ago. de 2014

Candidatos confrontam propostas para governo da BA em debate na TV

Foto: Betto Jr
Primeiro a responder, o candidato Marcos Mendes (PSOL) disse que o atual modelo de segurança no estado é repressivo e nega políticas públicas reais para a população. Para mudar a realidade citada, o candidato disse que, dentre as ações propostas pelo seu programa de governo, está a descentralização da polícia. "Queremos descentralizar o poder para 26 territórios de identidade", afirmou. Ele ainda falou que pretende viabilizar um novo modelo de segurança pública. "Esse modelo repressivo é ultrapassado. Somos a favor da PEC 300 e 51, sobre desmilitarizacão da policia", considerou.

Por ordem de sorteio, o segundo candidato a ser questionado, Rui Costa (PT), afirmou que os problemas de segurança no estado foram agravados em função do tráfico de drogas. "Esse é um problema sério, nacional, que se agravou nos últimos anos em função do crescimento das drogas no país", comentou. Para reverter o quadro, o petista disse que a ação de governo, caso eleito, "será de combate aos grandes aos traficantes e traficantes de drogas criando pelotões especiais na capital e no interior", afirmou. Como planejamento de prevenção à violência, ele prometeu criar o sistema de aulas em tempo integral. 

Em seguida, a candidata Lídice da Mata (PSB) disse que "no caso da Bahia houve rompimento de diálogo e confiança entre o governo e as Policias Civil e Militar". Neste sentido, ela afirmou que pretende iniciar uma conversa imediata com ambas as corporações, caso eleita, a fim de restabelecer o entendimento entre os segmentos. Além disso, Lídice citou o programa 'Pacto pela Vida', aplicado pelo ex-governador Eduardo Campos, em Pernambuco, como um modelo a ser adotado no estado. "[É possível combater a violência no estado] compreendendo o Pacto pela Vida como espaço de organização no fortalecimento da polícia", contou ao concluir que pretende promover uma rediscussão do modelo de polícia.

Por sua vez, o candidato democrata ao governo da Bahia, Paulo Souto, iniciou a participação afirmando que a Bahia enfrenta uma epidemia de violência. "Atravessamos um momento em que o país aumentou a renda da população, mas aqui na Bahia a violência aumentou. Eu acho que ações de natureza preventiva [são necessárias], mas é absolutamente necessário um sistema policial que combata o crime organizado", defendeu. O candidato ainda disse que pretende "reconquistar a confiança entre o governo e as polícias", e retomar as seis companhias organizadas de combate à violência criadas quando foi governador.

Por fim, o último candidato a falar, Rogério Tadeu da Luz (PRTB), disse que irá combater a violência no estado, caso eleito, ao "valorizar o policial, a segurança pública e o funcionário público cortando os cargos de indicação política". Para ele, os candidatos que integram grandes coligações ficam dependentes da distribuição de cargos a partidos em troca de apoio. Da Luz ainda afirma que, se eleito, irá fazer a propaganda de elevação da carreira do policial. "Nós faremos lista tríplice para que policiais decidam quem devem ser seus comandantes. Cortando os gastos, podemos valorizar o funcionário público", defendeu. (G1)

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